quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tipos de DIABETES

Demorei até pra fazer um post sobre diabetes porque é difícil falar pouco sobre ela!
A Revista do Correio do último final de semana publicou como manchete o título "A epidemia silenciosa e traiçoeira", referindo-se a diabetes. A matéria é muito interessante, sobretudo quando enfoca a falta de preocupação dos pacientes diabéticos com o tratamento. É comum os diabeticos terem glicemias alteradíssimas, sem preocupações: "Sempre vivi assim!"
Uma coisa é fato, e consenso: o tratamento para diabetes é eterno. É totalmente possível viver bem e ter diabetes.

Segundo a sociedade brasileira de diabetes, a SBD, os três principais tipos de diabetes conhecidas são:

- Diabetes Tipo 1 (DM1): É uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.

A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.

A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus. No geral, é mais freqüente em adolescentes, e em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Normalmente quem tem DM1 consegue levar uma vida mais saudável porque o tratamento é doloroso, aplicar injeções diariamente não é fácil.

- Diabetes tipo 2: Esse tipo possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos. O grande problema da DM2 é que em grande parte dos casos quando os pacientes apresentam os sintomas a DM já está instalada há muito tempo. Ninguém vira DM2 da noite pro dia, antes disto, há um período denominado pré-diabetes.

Pacientes pré-diabetes possuem risco potencial de desenvolver o diabetes. É uma forma ou um estado intermediário entre a normalidade e o diabetes do tipo 2 no adulto. 

Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica".


O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
Abaixo uma tabela com os valores para diagnóstico de DM:
Sintomas
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
• Vontade de urinar diversas vezes;
• Fome freqüente;
• Sede constante;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Nervosismo;
• Mudanças de humor;
• Náusea;
• Vômito
É importante salientar que as pessoas que adquirem novos hábitos no estilo de vida - como a atividade física regular resultando na diminuição de 5 a 7% no peso corporal - ajudam a, no mínimo, retardar o aparecimento do diabetes.
Fica meu apelo: se você tem diabetes, cuide-se. Não haja como se você não tivesse com o que se preocupar. 
Se tem antecedentes familiares, se cuide também!
Volto logo! :)

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